sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Conselho Fiscal deve pedir afastamento da direção

Os juros exorbitantes e multas pagos atualmente pela direção da Cooperaliança à instituições financeiras, que surgem como efeito de empréstimos e financiamentos para capital de giro, bem como valores que precisam ser pagos para a Celesc (supridora de energia da Cooperaliança), somam o correspondente a aproximadamente R$ 10 mil por dia. Isso mesmo, conforme estimado pelo Conselho Fiscal da Cooperativa, são quase R$ 10 mil que saem, por dia, dos cofres da Cooperativa para o pagamento dessas dívidas.

Os membros do conselho estão levantando os números completos e devem anunciar encaminhamentos drásticos já nos próximos dias. Surge nos bastidores a possibilidade de o Conselho Fiscal, depois de apresentar os números em assembleia, solicitar uma auditoria e, posteriormente, pedir o afastamento da atual direção. O entendimento jurídico é que, provando que a Cooperativa pode, em pouco tempo, quebrar e que o maior problema está na gestão, é possível afastar a atual diretoria e provocar nova eleição para a Cooperaliança. Se pode ou não, o fato é que a Cooperaliança deve polemizar os principais assuntos políticos da cidade nos próximos dias.

Batalha política

A ideia é compor uma comissão formada por associados e, a partir dessa estrutura, contratar uma empresa para fazer auditoria. O chamamento para a assembleia já deve ser divulgado no site da Cooperaliança no início da próxima semana. Será apenas o primeiro passo para o entrave de uma grande batalha. Politicamente, ela será travada, de novo, pelo PMDB/PT e o PP/PSD da cidade...

Juros, empréstimos e frota alienada

Na reunião realizada na última quarta-feira entre os membros do Conselho Fiscal, um levantamento dos quatro primeiros meses desse ano foi apresentado. No mês de janeiro, por exemplo, a dívida com a Celesc estava em mais de R$ 5 milhões, enquanto a Cooperaliança desembolsou mais de R$ 200 mil em juros e multas. Em fevereiro foi identificado um empréstimo, junto ao Banco Itaú, no valor de R$ 3.400.000,00. Todos os veículos da frota da Cooperativa foram alienados como garantia desse último empréstimo. Multas e juros estavam em R$ 307.110,66 e amortização de empréstimos e financiamentos no valor de R$ 314.309,44 também no segundo mês do ano.

Mais de R$ 30 mil excedente em assembleia

Em março foi identificado gastos de R$ 83.186,26 para realização da Assembléia Geral Ordinária nos dias 23 e 24 de março, sendo que o valor previsto de gastos era de apenas R$ 50.000,00. Mais empréstimos em abril, dessa vez de R$ 300 mil em conta garantida. O que chama a atenção é que em todos esses meses houve um adiantamento desnecessário aos fornecedores, conforme levantado pelo conselho. O mês de maio fechou com um parcelamento do ICMS de competência do mês quatro de 2012 que venceu no dia 10 de maio de 2012, em valor superior um milhão de reais junto a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina.

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