O Samae, os quatro contratos e as saídas

Os contratos que estariam envolvidos em investigações do Gaeco, a cada dia, vêm à tona. A despeito de o processo correr em segredo de justiça, a manobra usada pelos setores para tentar, se não mascarar, mas amenizar as possíveis penalidades, jogam os fatos, cada vez mais, para a luz principal da cidade. Na semana passada o contrato com a empresa que prestava serviço de iluminação pública não foi renovado (que é contraditório, se levar em conta que o site da transparência mostra um contrato, irregular, de um ano). Pois bem, agora as novas medidas partiram do Samae. No início deste mês, o diretor administrativo/financeiro da autarquia foi exonerado do cargo. A justificativa do presidente é que a ação foi tomada “para não atrapalhar as investigações”. O fato intrigante vem a seguir: quem assumiu o lugar deste ex-diretor foi a namorada dele... Não para por aí. Conforme comprovado pelo Portal da Transparência, o Samae firmou, somente neste ano, quatro contratos com a Fort Empreiteira de Mão de Obra. Juntos, os contratos somam, pasmem, mais de meio milhão (R$ 621.147,48). Um desses contratos, estipulado em mais de R$ 190 mil, cita que a despesa é empenhada para serviços de corte de ligação, fornecimento de água e 4.200 serviços de religação de fornecimento de água durante 2012. Ora bem! Não é o Samae quem presta esse serviço? Alguém por aí já viu esta empresa fazendo esses cortes de ligação? Neste ponto surge um novo indício de manobra. Um dos funcionários públicos do Samae, estranhamente, pegou licença de três meses do cargo público e teria ido fazer parte do quadro de funcionários... Da Fort?!