sexta-feira, 27 de julho de 2012

Duas apurações do Gaeco podem ter desfechos na Polícia Federal

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) encaminhou duas situações, apuradas no rol de investigações da Operação Moralidade, à Justiça Eleitoral. A primeira se refere a supostas transferências de títulos eleitorais irregulares. O possível crime foi identificado através da escuta de um diálogo entre uma funcionária da prefeitura e uma agente de saúde. Na conversa, a agente informava que havia “conseguido” comprovantes de residência na Cooperaliança no intuito de transferir títulos de outros municípios para Içara. A suspeita é que a agente de saúde recebia honorários da prefeitura, através desta funcionária, para buscar transferências irregulares.

A outra situação, apurada também através de gravações, diz respeito a negociações no entorno da criação de partidos pequenos com o único objetivo: maior tempo na propaganda eleitoral e volume nas coligações, os corriqueiros “partidos laranjas”. As duas situações, por se tratar de fundamento eleitoral, foram enviadas para a Promotoria da Justiça deste âmbito. Se o promotor eleitoral entender que existe fundamento para a abertura de um inquérito irá determinar que a Polícia Federal o faça. Resumo da ópera: além da polêmica envolvendo a Operação Moralidade, outra investigação pode ser determinada nos próximos dias.

A Operação Moralidade investiga fraudes em licitações, superfaturamento em contratos administrativos e desvio de recursos públicos na prefeitura de Içara. Na semana passada o promotor Maurício Medina foi entrevistado pelo Jornal A Tribuna e garantiu que as suspeitas já foram, em grande parte, confirmadas e, mais do que isso, surgiram novos fatos durante as últimas investigações.

Nos bastidores a expectativa é que a conclusão do inquérito seja anunciada já na próxima semana. A informação oficial do promotor Maurício Medina é que a situação ainda possa se arrastar por mais 30 dias. A última quarta-feira completou exatos 30 dias que o Gaeco esteve na prefeitura recolhendo documentos e detendo oito pessoas. De lá para cá, mais de 30 pessoas, entre empresários e agentes públicos já foram ouvidos.

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