sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Entre mortos e feridos, quem vai escapar do Gaeco?


Desde o início do período eleitoral, a maior expectativa em Içara se refere as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Tão logo os documentos do setor de licitação da prefeitura foram recolhidos e oito pessoas presas (para prestarem depoimento), a maior dúvida é: qual dos dois grupos concorrentes de Içara terá um maior envolvimento em todos esses escândalos? O próprio eleitor aguarda impaciente por esse resultado, afinal, é ele que pode definir o voto de muitos. O que se sabe até agora é que as verificações originaram vários desdobramentos dentre os quais a prefeitura e o Samae têm maior envolvimento.

O delegado Airton Ferreira, que é um dos responsáveis pela Operação Moralidade, informou no final desta semana que a primeira parte do processo, que investiga os documentos da prefeitura de Içara, já está pronto. “Estamos trabalhando na elaboração do relatório final, que envolve principalmente o apontamento dos indiciados”, antecipou o delegado, que não deu prazo para a apresentação deste relatório. Essa primeira parte se refere somente aos contratos com a prefeitura. A dúvida é: quem serão os indiciados? E qual será a relação deles com os grupos de Murialdo Gastaldon (PT) e José Zanolli?
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Murialdo e a equipe

Até aqui, duas situações ligam Murialdo aos escândalos que originaram a Operação Moralidade. O primeiro é que ele, definitivamente, está com o PMDB. Ainda que o candidato não seja o prefeito de Içara, mas foi a sigla que o elegeu (Gentil) e que agora indica Sandro Serafim
de vice. Diga-se de passagem, Sandro era presidente do PMDB e foi, por esse motivo, uma das pessoas convocadas para depor. Isso porque pessoas do próprio partido, uma delas inclusive presa no primeiro dia da força tarefa, foram flagradas também “negociando” com agentes da prefeitura. A outra situação são as pessoas que estão trabalhando na campanha dele. O petista justifica que não pode “negar” apoio de ninguém. E garante que essas pessoas não estarão com ele na administração, se eleito for. Mas, o que estaria motivando essas pessoas a trabalharem com ele? Partidarismo?

Zanolli e o contrato



Dentro desse emaranhado de denúncias,surge um fato novo que pode ligar também o candidato José Zanolli à Operação Moralidade. Trata-se de um suposto contrato firmado em 2010, época em ele era presidente do Samae, com uma empresa que prestava assessoria técnica ao Samae. A informação é que um novo inquérito foi aberto, somente para apurar essa situação. Pelo menos três pessoas já teriam sido ouvidas. O delegado do Gaeco, Airton Ferreira, não confirmou, nem descartou a informação. “Não podemos repassar informações de processos que ainda estão em andamento”, disse ele. Resta saber se a situação vai vir à tona antes ou depois da eleição.

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