sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Gaeco e as eleições

A bomba estourou! O prefeito Gentil da Luz não concorreu ao pleito justamente por estar diretamente envolvido nos escândalos que desencadearam a Operação Moralidade. Passou a bola para Sandro Giassi e, para a surpresa de todos, Sandro está entre os indiciados pelo Gaeco. Com dez dias para a eleição, não existe qualquer dúvidas de que a Operação Moralidade vai interferir na campanha eleitoral de Içara. Há de se levar em consideração que o Gaeco também anunciou a instauração de dois inquéritos para apurar desvios de recursos públicos e fraude à licitação no SAMAE de Içara. Um deles averigua contrato firmado em 2010 entre uma empresa de consultoria e o Samae. Nesta época, José Zanolli era o presidente. Dependendo do resultado, o jogo pode virar. A dúvida continua sendo: o resultado sai antes ou depois da eleição. O promotor Maurício Medina informou que o desfecho dos dois inquéritos possivelmente venha a público no final da próxima semana, ou seja, nos “45 do segundo tempo”.

Vítima: A sociedade

Independente das interferências no processo eleitoral, o relatório final entregue na última quarta-feira à promotoria, traz informações desonrosas, assustadoras... Na conclusão, o Gaeco remata que o prefeito arquitetou o desvio de dinheiro já no início desta administração. Isso porque, em 2009, ele intermediou no nome dele e do PMDB um empréstimo abundante junto a uma empresa de Factoring, com juros absurdamente elevados. Por esse motivo, tão logo assumiu a administração fez a indicação de pessoas da confiança dele para gerenciar o desvio de dinheiro e honrar o pagamento com essa empresa. Micélia era a figura central, ficando abaixo somente do prefeito. Mesmo afastada da prefeitura ela continuou como “assessora especial do prefeito”.

Os desvios

Ainda segundo o relatório, grande parte das empresas contratadas pelo município direcionava um percentual de 10% a 15% do valor de cada contrato para repasse a Micélia e Paulo Cesar Balsan. Os valores, posteriormente, eram distribuídos. Parte para o PMDB, para o pagamento da dívida com a factoring e despesas geridas pelo então presidente Sandro Giassi Serafim. Além disso, os valores eram exalados entre Gentil da Luz e seu sobrinho Tarcísio da Luz e para aqueles que o Gaeco chamou de “operadores da corrupção”: Micélia e Paulo Balsan.

Nenhum comentário:

Postar um comentário